domingo, 23 de junho de 2019

A Verdadeira Ceia do Senhor

Paulo David
João 6:51. Eu sou o Pão Vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que deverei dar pela vida do mundo é a minha carne.” 53. Então Jesus os advertiu: “Em verdade, em verdade vos afirmo: se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida dentro de vós. 54. Todo aquele que comer a minha carne e beber o meu sangue tem vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia. 55. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. 56. Aquele que come a minha carne e bebe meu sangue permanece em mim, e Eu nele. 57. Assim como o Pai, que vive, me enviou e Eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa. 58. Este é o pão que desceu do céu. De modo algum comparável ao maná comido por vossos pais, que agora estão mortos. Aquele que comer deste Pão viverá para sempre.”
A “Santa” Ceia, como é chamada e praticada na maior parte das igrejas, essa cerimônia com o pãozinho e o copinho de suco, reduzida a um mero ritual religioso, nunca foi prática apostólica, pelo menos não da forma a que foi reduzida. Essa chamada eucaristia é uma prática e doutrina de origem católica romana, e que, mantida por Lutero com uma leve modificação teórica e pelos demais protestantes com suas variantes, chegou aos pentecostais que acrescentaram a ela seus fetiches e significados mágicos! Jesus nunca pretendeu, ao repartir com seus discípulos o pão e o cálice, estabelecer um rito cerimonial, a ser repetido de tempos em tempos. Jesus, na noite em que foi traído, ao final da ceia, de uma ceia de Páscoa judaica, esse sim um rito da velha aliança, usou o pão e o vinho que sobrara daquele jantar para falar com seus discípulos da verdadeira Páscoa que estava para ser cumprida, sua morte na cruz. Falou sobre o verdadeiro alimento, seu corpo e seu sangue, que seriam dados para salvação dos homens. Lembrem-se que seus discípulos eram judeus, daí ele fazer essa analogia de que todas as vezes que eles comecem daquele pão e beberem daquele vinho estariam anunciando e relembrando sobre a sua morte salvadora. Ele ali, naquele momento estava dando uma ressignificação à Páscoa judaica. De forma alguma Jesus pretendera substituir um ritual por outro. O próprio apóstolo Paulo, em seu tempo, criticou a forma pela qual a igreja em Corinto havia transformado o ensino de Jesus, reduzindo-o a um jantar, os chamados ágapes, cujo o resultado na prática, era totalmente contrário na prática ao que Jesus havia ensinado. 1 Coríntios 11:18. Em primeiro lugar, porque ouço dizer que há divisões entre vós quando vos reunis como igreja; e até certo ponto acredito que isso esteja ocorrendo. 19. Todavia, se faz necessário que haja divergências entre vós, para que os aprovados se tornem conhecidos em vosso meio. 20. Pois, quando vos reunis como igreja, não é para comer a Ceia do Senhor.
As palavras de Jesus na Nova aliança são Espírito e Vida e não um conjunto de novos rituais. A palavra chave para compreendermos sobre a verdadeira Ceia é repartir, partilhar. Repartir o pão natural para abrir os corações para receber o pão celestial, é essa a verdadeira Ceia do Senhor. A ceia do Senhor significa partilhar, servir, repartir a mensagem com todos, repartir a vida que nasceu da morte, multiplicando o pão e alimentando os famintos de pão e principalmente de Deus. Essa é a verdadeira Ceia do Senhor. Lembrem-se que o Senhor antes do jantar, naquela noite havia lavado os pés dos discípulos, ensinando com isso sobre a humildade do servir uns aos outros...Repito, acredito que ele não pretendia estabelecer nenhum novo ritual e sim uma prática de serviço, repartir o pão e anunciar a mensagem, sua morte e ressurreição para a salvação dos homens. Quando a igreja reparte o “pão” natural com o mundo e anuncia a este que Jesus é o verdadeiro pão que desceu do céu e derramou seu sangue em resgate dos homens, estamos comendo a ceia do Senhor.
Vamos partilhar da Ceia do Senhor com o mundo que está faminto. Faminto de todo o tipo de pão...faminto de Deus!