sexta-feira, 8 de maio de 2020

O TABERNÁCULO DE DEUS: DEUS MORANDO EM CRISTO E CRISTO MORANDO EM NÓS!

Paulo David
1 Timóteo 3:16. Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória. Colossenses 1:15. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação,16. pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.17. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.
João 14:20. Naquele dia compreenderão que estou em meu Pai, vocês em mim, e eu em vocês.21. Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele".22. Disse então Judas ( não o Iscariotes ): "Senhor, mas por que te revelarás a nós e não ao mundo? "23. Respondeu Jesus: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra. Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada.
Gostaria de começar esse artigo com a seguinte afirmação: Jesus quando veio a este mundo, ao contrário do que afirma a teologia ortodoxa, só possuía uma única natureza, a humana, e mais, nós só podemos afirmar que ele era Deus, apenas se levarmos em consideração à sua origem divina, ou seja o fato dele ter saído de Deus. Em Isaías 9:6, Jesus é chamado de Deus forte e Pai da eternidade: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz”. Quando Isaías chama o filho de Deus de Pai da eternidade, ele só pode estar se referindo a condição de Jesus na eternidade, anterior à criação, antes dele ter saído do Pai e ter se tornado o filho de Deus. Mas porque Jesus teve que sair do Pai para criar todas as coisas? Ao meu ver Deus teria que sair da dimensão da eternidade para criar as dimensões do espaço e do tempo, pois sendo Deus em forma de Deus, infinito e eterno, não poderia nessa forma, criar sem destruir a sua própria criação, as escrituras afirmam concernente à glória de Deus que ele é um fogo consumidor e que Deus não pode ser contemplado, que ele é imarcescível, Karl Barth diz que Deus é “ O totalmente outro”, por isso o filho precisou sair do Pai para criar todas as coisas e, ao mesmo tempo, estar presente e em comunhão com a sua criação. Tenho para mim que o que os cientistas chamam de Big Bang, foi na verdade esse nascimento do filho de Deus, o inicio da criação, onde Jesus se manifesta como o Espírito de Deus, o verbo, o lógos, a Palavra. João 1:1. No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.2. Ela estava com Deus no princípio.3. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito. Mais tarde na história humana, esse mesmo Espírito que estava no princípio, geraria, de si mesmo, no ventre da virgem Maria, o homem chamado Jesus, João 1:14. Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. João 1:18. Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. Jesus veio ao mundo como um simples homem, deixou para trás sua riqueza e sua glória, seu poder e atributos divinos, como encontramos em Filipenses 2:5. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus,6. que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se;7. mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.8. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!9. Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome,10. para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra,11. e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Como afirmei no início desse artigo que, ao contrário do que é comumente ensinado, Jesus veio ao mundo apenas e tão somente como homem, possuindo apenas uma única natureza, a humana, caso contrário, não teria sido verdadeiramente humano. Sim, ele ao tornar-se homem, e de Deus, só trouxe o caráter, por isso, nem o pecado, nem o Diabo e nem mesmo a morte poderia vencê-lo. Sim, na encarnação, Jesus deixou “a casa do Pai” para se unir à humanidade, como Paulo faz referência em Efésios 5:31. "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne".32. Este é um mistério profundo; refiro-me, porém, a Cristo e à igreja. Entendemos lendo o novo testamento que foi por ocasião do seu batismo que Deus seu Pai, pelo seu Espírito, desceu sobre ele, a partir daí o homem Jesus torna-se o Cristo e da inicio ao seu ministério. Jesus podia saber sobrenaturalmente, falar sobrenaturalmente e fazer sobrenaturalmente, porque Deus estava nele manifestando seu poder, fazendo curas e milagres. 2 Coríntios 5:19a “...Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo... Colossenses 2:9. Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Sabemos que a obra de Jesus foi consumada quando ele morreu na cruz, mas a morte não podia detê-lo, Deus que estava nele, o ressuscitou dentre os mortos, e quando subiu ao céu, o homem Jesus foi glorificado, tornando-se Espírito vivificante, por isso ele pode morar em nossos corações. Deus morando em Cristo e Cristo morando em nós. No céu, quando chegarmos diante de Deus, nós o veremos em Cristo. Por isso encontramos em João 14:8. Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta".9. Jesus respondeu: "Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?10. Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu lhes digo não são apenas minhas. Pelo contrário, o Pai, que vive em mim, está realizando a sua obra.11. Creiam em mim quando digo que estou no Pai e que o Pai está em mim; ou pelo menos creiam por causa das mesmas obras. Na eternidade o filho estava no Pai, agora como homem, o Pai está no filho. Por isso Jesus disse em João 17:3. Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

O QUE É E O QUE NÃO É ESTAR SUJEITO ÀS AUTORIDADES DESSE MUNDO?

Paulo David
Romanos 13:1. TODA a alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
Mateus 5:39. Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;40. E, ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa;41. E, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.42. Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser tomar emprestado de ti.
João 18:36. Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
Para interpretarmos corretamente as palavras do apóstolo Paulo em Romanos 13:1, precisamos primeiramente lembrar que os governos desse mundo iniciam-se a partir de Babel, com os decendentes de Caim no livro de Gênesis, e na sua origem todos os reinos desse mundo por natureza se levantam contra a autoridade de Deus. Isso porém não anula a autoridade soberana de Deus, de manter os governos desse mundo debaixo de sua autoridade. Assim toda autoridade desse mundo é uma autoridade permitida por Deus e não uma expressão de sua perfeita vontade. É preciso lembrar que Jesus foi morto por ordem de uma autoridade romana e assim também a maioria dos apóstolos. Dessa forma, quando o apóstolo Paulo nos admoesta a nos sujeitarmos às autoridades, ele está reforçando o ensinamento de Cristo, de não resistência por força violenta. Sujeitar às autoridades no Novo Testamento nunca significou bajular autoridades! Sujeitar na passagem de Romanos, bem como em qualquer passagens do Novo Testamento, carrega a ideia de suportar com paciência e confiança na autoridade de Deus, que sempre estará acima de toda e qualquer autoridade desse mundo, trás o sentido de não resistirmos à estas, usando de força ou violência! Tanto no ensino de Cristo, quanto no de Paulo toda autoridade procede de Deus, pois Deus é soberano sobre tudo e todos, e que todo aquele que é revestido de autoridade, encontra-se em última instância debaixo da autoridade de Deus. Até o Diabo, nosso adversário, está debaixo da autoridade de Deus. Lembremos que nos dias de Paulo, muitos cristão estavam sofrendo forte perseguição por parte das autoridades judias e romanas. Isso aconteceria mais intensamente a partir do imperador Nero e seguiria depois por outros imperadores, mais tarde isso aconteceria na ditadura de Hitler, na Alemanha nazista e mais recentemente em muitas ditaduras, quer de direita, quer de esquerda, como ainda acontece em países comunistas. Por isso, quando ele nos diz para nos sujeitarmos às autoridades, é no sentido de suportarmos com paciência, e para que nunca sejamos tentados a usar de força e violência contra tais governantes, pois o Espírito de Cristo é o Espírito da Paz e a nossa luta não é contra a carne nem contra o sangue. E Por que estamos tocando nesse assunto? Nossa intensão de chamar a atenção do povo de Deus para entender que a sujeição ensinada no Novo Testamento não tem nada a ver com o tipo de relacionamento subserviente que muitas igrejas vem mantendo com o Estado nos tempos atuais, incluindo no nosso país, o que vai totalmente contra o ensino de Cristo e dos apóstolos. Este tipo de relacionamento não é sujeição à autoridade de Romanos 13:1! Isso é adultério espiritual! Muitas igrejas têm se tornado, na prática, verdadeiras amantes do Estado, prostitutas que se vendem em troca de riquezas! Idólatras do poder! Essa distorção da palavra de Deus, do conceito neo testamentário de sujeição bíblica, atende à cobiça de muitos líderes religiosos, que ambicionando posições e riquezas em associação aos governos desse mundo, desviam muitos para a apostasia, apostasia está que está preparando o caminho para a manifestação plena do anticristo na terra.
Em Apocalipse 18:4, o apóstolo João nos diz: “E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas.”

UM CRISTIANISMO ANTICRISTO E UMA FALSA COMPREENSÃO COM RESPEITO AO ISRAEL DE DEUS E O ARREBATAMENTO DA IGREJA.

Paulo David
Mateus 24:11. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.12. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.13. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.14. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
1 João 2:18. Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.19. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
Gálatas 4:21. Dizei-me, os que quereis estar debaixo da lei, não ouvis vós a lei?22. Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava, e outro da livre.23. Todavia, o que era da escrava nasceu segundo a carne, mas, o que era da livre, por promessa.24. O que se entende por alegoria; porque estas são as duas alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar.25. Ora, esta Agar é Sinai, um monte da Arábia, que corresponde à Jerusalém que agora existe, pois é escrava com seus filhos.26. Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós.27. Porque está escrito: Alegra-te, estéril, que não dás à luz; esforça-te e clama, tu que não estás de parto; porque os filhos da solitária são mais do que os da que tem marido.28. Mas nós, irmãos, somos filhos da promessa como Isaque.29. Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim é também agora.30. Mas que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava herdará com o filho da livre.31. De maneira que, irmãos, somos filhos, não da escrava, mas da live.
2 Tessalonicenses 2:1. ORA, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele,2. Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto. 3. Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,4. O qual se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.5. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?6. E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.7. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora o retém até que do meio seja tirado;8. E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo Espírito da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;9. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira,10. E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.11. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira;12. Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade.
Apocalipse 1:7. Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.
2 Pedro 3:10. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.11. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade,12. Aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão?13. Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça.
Um dos inúmeros enganos hoje, dentro do chamado cristianismo, é a crença num arrebatamento secreto da igreja antes da gloriosa volta de Jesus ao mundo, onde as escrituras afirmam claramente que todo olho o verá. Esse ensino distorcido sobre a volta do Senhor, que não encontra nenhum apoio, nem nos ensinos de Jesus, nem nos ensinos dos apóstolos, foi desenvolvido principalmente para se ajustar ao fundamentalismo protestante americano e a sua interpretação dispensacionalista do plano de Deus nas escrituras. Os fundamentalistas dispensacionalistas negam a interpretação que o próprio Jesus e os apóstolos tinham das escrituras no Velho Testamento, centrado no pacto da graça. Nessa interpretação dispensacionalista, difundida principalmente por grupos pentecostais e neopentecostais, o Israel de Deus não é visto como sendo o povo da graça de todos os tempos, e de todos os povos, mas somente a descendência de Abraão segundo a carne, igualmente, o reino de Cristo e a terra prometida não seriam, como afirma o Novo Testamento, os novos céus e a nova terra que Deus recriará após a volta do Senhor, onde este reinará eternamente, mas sim aquele pedaço de terra na Palestina, de onde, segundo eles, Jesus reinará sobre esse mundo por mil anos, após a sua “segunda volta”, eu disse segunda volta, porque para estes a volta do Senhor acontecerá duas vezes, uma secretamente para arrebatar a igreja, antes da grande tribulação e outra depois dessa grande tribulação, para implantar o reino judeu de Cristo. Assim eles simplesmente ignoram inúmeros textos das escrituras que falam sobre a volta de Cristo como sendo um único evento, e principalmente ignoram o ensino de Paulo em Gálatas 4 onde o Israel natural é comparado a Agar e Ismael, a velha aliança, escrava do que é terreno, e o Israel espiritual é comparado a Sara e Isaque, a nova aliança, aqueles que são livres e que esperam por uma Jerusalém celestial. Segundo o dispensacionalistas, os judeus ainda continuam sendo o centro do plano de Deus e a igreja apenas um plano a parte, daí acreditarem que a igreja gentílica precisar ser retirada secretamente da terra para que as profecias de Deus aos descendentes de Abraão, segundo a carne, se cumpram plenamente, por isso acreditam também num reino de Cristo como um reino judeu, que acontecerá na terra, interpretando literalmente o texto de apocalipse 20, como algo no futuro. Nesse sentido, podemos entender o porquê do posicionamento dos republicanos americanos, reduto do fundamentalismo, em apoiar incondicionalmente o Estado Sionista de Israel, bem como suas guerras e conquistas. Para os fundamentalistas norte-americanos, o papel dos EUA é impor ao mundo pelas armas a cultura judaico-cristã e proteger o verdadeiro povo de Deus, os judeus. Os defensores dessa errônea interpretação das escrituras, afirmam que o anticristo será sim um governo mundial, mas fora do cristianismo, supostamente alguma nação comunista, claro, ou até mesmo islâmica, mas principalmente será anti-semitista, lembrando que “nação comunista” aqui, é algo que foi acrescentado a esta interpretação nos tempos da guerra fria, e por motivos óbvios, volta ao campo da especulação, devido ao grande desenvolvimento econômico da China. O grande engano deste tipo de interpretação é que esta acaba desviando os olhos dos cristãos ao fato de que todo o Novo Testamento aponta claramente para um anticristo surgido da apostasia da própria igreja e saído desta, igreja corrompida desde os tempos de Constantino, e justamente pela união política e espiritual da igreja com o Estado. Essa união da igreja com o Estado, falam, se observarmos bem, das duas bestas que encontramos no livro de apocalipse, no capítulo 13, a besta que emerge do mar, as nações, os governos desse mundo, e a besta que emergiu da terra, àquela quem “tem a aparência de um cordeiro, mas fala como o Dragão”, uma igreja mundana e espiritualmente corrompida, que passa a buscar poder e riquezas, pela ganância dos falsos profetas, seus líderes, isso também explica o motivo desta ser tão dividida, lembrando o que ocorreu em Gênesis na construção da torre de Babel. O que esta falsa igreja que saiu da verdadeira quer é autoridade sobre a terra. Não é isso que temos visto prosperar tanto na maior nos EUA, como também no Brasil? Estamos vendo tanto lá, como aqui, líderes religiosos conclamando o povo dito cristão a se uniram em fé a governos anticristos. E por que são governos anticristo? Porque de um lado em seus discursos defendem o velho e roto moralismo religioso, discurso que Jesus tanto condenou, chamando esse moralismo imposto pela religião e pelos líderes religiosos de seu tempo, de fermento dos fariseus, a hipocrisia, ao mesmo tempo, são governos que defendem a violência de estado, se dizem democráticos mas agem como ditadores, defendem coisas totalmente anticristo como a guerra, a tortura e a violência policial, desprezam os pobres, tirando-lhes direitos e amam os ricos, concedendo-lhes privilégios, e o pior, fazem tudo isso em nome de Jesus. Quando a igreja se une aos governos desse mundo, ela na prática está dizendo sim a Satanás, ao que Jesus disse não. Está dizendo sim à proposta que Satanás fez a Jesus na tentação do deserto, de lhe dar os reinos e as glórias desse mundo em troca de reduzir o evangelho a mera adoração ritual, o cultuar no templo. Esse é o espírito do anticristo, que os dispensacionalista e sionistas acabam com seu ensino encobrindo, por motivos óbvios, fazendo os cristão desviarem sua atenção da apostasia que encontra-se já em estado avançado dentro da própria igreja. Esse ensino do arrebatamento antes da grande tribulação, engana os crentes pois põe o anticristo num futuro imaginário, quando a igreja, segundo eles, não estará mais na terra, quando de fato, este já está governando o mundo com a ajuda do próprio cristianismo corrompido, a igreja de Laodicéia de apocalipse. O livro de apocalipse foi endereçado às sete igrejas da Ásia que simbolizam à igreja em toda a sua história. Notem que na igreja de Éfeso, a igreja dos tempos apostólicos, já encontramos falsos apóstolos e a chamada obra dos nicolaítas, que eram aqueles que se diziam apóstolos com a intenção de governar a igreja, por isso eram falsos apóstolos, pois os verdadeiros eram servos e não governantes. Este espírito que busca poder e governo, evolui para a doutrina dos nicolaítas que daria origem ao bispado e depois ao papado, com a união do poder político e espiritual. Entendemos pelas cartas às sete igrejas que este espírito alcançaria sua plenitude na igreja de Laodicéia, que é claramente a condição espiritual do cristianismo hoje. No entendimento equivocado dos fundamentalistas dispensacionalistas, a criação do Estado de Israel é o cumprimento das promessas de Deus à descendência de Abraão, negando que essa promessa já teria sido cumprida no retorno do cativeiro da Babilônia e na primeira vinda de Jesus, onde o remanescente de Israel recebeu o Messias como salvador. De fato a criação do Estado do estado sionista de Israel é cumprimento de profecias, mas as de Jesus que disse, entre outras coisas, falando sobre o tempo de sua vinda, “quando virdes a abominação desoladora no lugar santo”, referindo-se provavelmente à reconstrução do templo judeu, e tudo caminha nesse sentido, já que o atual governo dos EUA, o governo Trump, apoiado pela igreja fundamentalista americana, do partido republicano, têm, como nunca antes, empenhado esforços para que isso aconteça. Vivemos em tempos difíceis onde a igreja têm que estar preparada, mas não para ser arrebatada secretamente, mas para não ser enganada pelos falsos profetas e falsos Cristos anunciados por estes, preparada para não receber a marca e o sinal da besta que é o número de um homem. Quando deixamos de ter Jesus como único Senhor e passamos a seguir o homem, a marca da besta já está no nosso coração. Seguir o homem significa buscar as riquezas e os poderes desse mundo. A marca da besta no coração é o desejo de poder, o desejo de querer governar a igreja e o mundo. Em Apocalipse 17 lemos sobre a grande prostituta, que é uma visão da condição espiritual da falsa igreja, da igreja de Laodicéia, da igreja unida aos governos desse mundo, amante de governos e de governantes, dos reis e comerciantes da terra, amante da riqueza e do poder. É o retrato desta igreja tanto nos EUA, quanto no Brasil de hoje. Leia todo o capítulo e veja o final dessa história. Novamente a voz profética de Elias está clamando ao remanescente do povo de Deus na terra na terra. Elias está clamando na boca das duas testemunhas de apocalipse 11, a palavra profética: SAI DELA POVO MEU!

sábado, 28 de março de 2020

A IGREJA, O ESTADO E O QUE JESUS, A PALAVRA DE DEUS, NOS ENSINA SOBRE AUTORIDADE E SUBMISSÃO ?

Paulo David
Quando a Palavra de Deus nos admoesta a orarmos pelos governantes das nações, não é na expectativa, que pela oração, eles venham a ser “governos cristãos”, o que seria uma contradição, haja visto que as próprias escrituras ensinam que os reinos desse mundo, são do mundo, e por natureza se opõem a Deus. Nossas orações são no sentido de que Deus nos proteja desses mesmos governos e tenhamos paz e liberdade para anunciar o evangelho do Reino de Cristo no coração dos homens. Não foram assim as orações do povo de Deus nos dias de Cristo ou dos apóstolos? Não foram assim, as orações do povo de Deus no tempo dos mártires? Onde encontramos nas escrituras promessas que em outros tempos seria diferente? Lembrem-se de que o governo humano, por sua própria natureza, desde Babel, surgiu em oposição ao governo de Deus sobre os homens, ainda que Deus seja soberano e tenha autoridade sobre todo poder ou governos que possam se levantar. Aqui cabe lembrar que a soberania de Deus não diz respeito ao cumprimento de sua vontade perfeita e sim de sua vontade permissiva, que leva em conta a liberdade de escolha humana e o pecado que entrou no mundo. Assim podemos afirmar que toda autoridade pertence a Deus, mas o governo do homem sobre o homem não vem de Deus e sim do pecado. Em Gênesis 3, vemos que foi depois do pecado que o homem passou a ter domínio sobre outros homens, a começar pelo domínio sobre a mulher. Essa é uma prova irrefutável de que o governo do homem sobre o homem é subproduto do pecado e não da vontade perfeita de Deus. Outro exemplo que pode ser dado é na história do povo de Deus no Velho Testamento. O declínio espiritual de Israel inicia-se definitivamente, no final do livro dos Juízes, a partir do desejo daquele povo de querer ter um governo humano, de querer ter um rei, um Estado que os governasse. Aqui começa a união entre a igreja e o estado e esta marca o início da apostasia do povo de Deus no Velho Testamento, certamente esse seja o motivo que leva muitos rabinos ortodoxos, nos dias de hoje, a se oporem à existência do atual estado de Israel. Em relação à igreja foi a partir de Constantino e da instituição do cristianismo, que começou-se a distorcer um princípio fundamental para entendermos melhor sobre aquilo que estamos falando, começou-se a distorcer o princípio da autoridade de Deus. Gradativamente começamos a ver a transferência da autoridade de Cristo para a igreja recém institucionalizada, e está, por sua vez, passa a ensinar que o Estado é também uma instituição ordenada por Deus, e que os cristãos devem a este total submissão à sua autoridade, como ao próprio Deus, o que também por sua vez levará a igreja à apostasia, que será a união adúltera entre a igreja e o estado. Com essa deturpação do princípio de autoridade e submissão, deturpar-se-ia também o significado bíblico de rebelião, pois nas escrituras o verdadeiro significado de rebelião é a usurpação da autoridade de Deus. Satanás é o pai de toda rebelião pois usurpou para si a autoridade que pertence somente a Deus. Toda as vezes que buscamos ter domínio sobre outros, estamos movidos pelo mesmo espírito que motivou e ainda motiva Satanás. A partir daí, rebelião passa a significar a não submissão às “autoridades” humanas aceitas pela igreja como “instituídas por Deus”. Esse desvio ou deturpação do princípio de autoridade e submissão, acabou por promover, dentro da igreja, o desejo e a busca por posições de autoridade de uns sobre os outros. Os títulos, as posições de governo dentro da igreja tornaram-se referência de progresso espiritual. A Palavra de Deus ensina que toda verdadeira autoridade provém de Deus, mas isso não significa que àqueles que deveriam ter em suas vidas essa autoridades, as tenham, nem que aqueles que possuam está autoridade, as possuam para governar os outros. A autoridade de Deus não tem nada a ver com governo sobre outros ou posição de poder. No livro de apocalipse encontramos na primeira das sete igrejas da Ásia, a de Éfeso, o fermento que contaminou a igreja. Havia no tempo dos apóstolos, homens que diziam ser apóstolos e não eram. Note bem, “se diziam ser”. O fato de alguém reivindicar autoridade já é prova de que este não a tem. Jesus se refere a isto como “obra dos nicolaítas” o que mais tarde daria origem a “doutrina dos nicolaítas” o que também por sua vez, deu origem à verticalização hierárquica de governo dentro da igreja. Veja o que Jesus ensina sobre autoridade dentro da igreja em Lucas 22:25. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.26. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. No reino de Cristo, autoridade e submissão são horizontalizadas, ou seja existe uma reciprocidade entre autoridade e submissão de uns para com os outros e isso tem a ver com humildade e serviço e não com governar os outros. Isso é o que encontramos em Efésios 5:21. Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus. A verdadeira autoridade é de uns para com os outros.
Jesus também ensinou que a ninguém deveríamos chamar de Mestre, nem Pai e consequentemente, Pastor, Bispo ou Apóstolo, ensinou também que nunca deveríamos buscar “os primeiros assentos nas sinagogas”. Verdadeiros pais espirituais, mestres, bispos, pastores e apóstolos não se consideram a si mesmos como tais, nem permitem ser chamados assim. Nesse tempo do fim, nesses dias de apostasia, estamos vendo novamente o reaparecimento dentro da igreja da doutrina dos nicolaítas, esse desejo de poder têm contribuído para promover a união adúltera entre igreja e estado em nossos dias, é claro que isso está acontecendo para que se cumpram as profecias, é a manifestação final do Espírito do antiCristo na terra. Esse engano tem levado muitos para o caminho da idolatria, da exaltação do homem e de instituições humanas, estes fazem isso por causa do engano, do mesmo engano que desviou o povo de Israel. Exaltam o homem acreditando estarem exaltando a Deus, não seria este o sinal e a marca da besta? O seis que é o número do homem repetido três vezes. Três é o número da economia de Deus, da revelação progressiva de Jesus ao homem, como Pai, Filho e Espírito Santo. Não seria o 666 o homem no lugar de Deus? Não seria a usurpação da autoridade de Deus? Essa união adúltera entre igreja e estado, usurpando a autoridade de Deus é exigindo a submissão dos homens está levando o mundo ao período de maior escuridão que o mundo já experimentou. Tudo isso deve acontecer antes da gloriosa volta só Senhor.

terça-feira, 24 de março de 2020

DEUS NÃO QUER NOS DESTRUIR, DEUS QUER NOS SALVAR!

Paulo David
Eu não entendo a mente religiosa, especialmente a de muitos que se dizem evangélicos. Eu digo isso, porque numa hora como esta, onde o mundo precisa de uma palavra de esperança e fé, muitos tentam associar essa pandemia ao castigo divino, porque segundo eles, o nome de Deus têm sido blasfemado pelo mundo. Será que eles nunca leram os evangelhos? Nunca leram que Jesus ensinou a não vingarmos a nós mesmos. Será que eles acham que Deus não pratica aquilo que Ele mesmo ensina em sua Palavra? Vcs acham mesmo que Deus se vinga das ofensas de homens contra ele? Homens que nem o conhecem, e pelo jeito vão continuar não conhecendo-o, pois a igreja que deveria, numa momento como este, apresentar Jesus ao mundo, proclamando seu amor e misericórdia, o apresenta como o Deus que castiga por vingança. Estes parecem ler a bíblia, mas não para conhecer a Deus, o Reino de Deus e a sua justiça, ainda não entenderam, que o que a bíblia muitas vezes chama de vingança de Deus, é Deus permitindo que o homem colha, àquilo que o próprio homem semeou contra si mesmo. Essa nova pandemia é, no final das contas, o resultado do nosso modo de vida, do que fizemos com o nosso planeta. Deus nos fez até certo ponto livres, e mesmo que nos deixamos escravizar pelo egoísmo, ainda somos responsáveis por nossas escolhas egoístas. Assim o evangelho de Jesus se apresenta como a tentativa de Deus de nos salvar de nós mesmos, do nosso próprio egoísmo! Eu digo tentativa, porque mesmo que nós não podendo salvar a nós mesmos, temos a liberdade de deixar ou não sermos salvos por Deus, pois a salvação se relaciona, antes de tudo, ao tratarmos com a nossa vida de egoísmo, o que o Novo Testamento chama de arrependimento. Ser salvo implica necessariamente em se arrepender, e enquanto não comparecemos diante de Deus, enquanto ainda temos vida, enquanto estamos no tempo da graça, toda a ação e intervenção de Deus no mundo continua sendo para curar, libertar e salvar o homem que encontra perdido. Nesse sentido, qualquer “juízo de Deus”, no tempo presente, vem para nos ensinar sobre a sua justiça e nos salvar, não para nos destruir. Mesmo o próprio inferno, ou lago de fogo, no juízo final, não será um lugar onde um Deus irado, castigará os pecadores, isso seria uma contradição, pois você acha que Deus enviou no passado, seu filho ao mundo, para nos salvar dele mesmo no futuro? Que sentido existe em Deus enviar Jesus para morrer, e assim nos salvar de um lugar que ele mesmo, em sua Irã, teria criado, para que ali fôssemos jogados, caso não aceitemos a sua salvação? Mas se o inferno não é um lugar de castigo e vingança de Deus, o que é então o inferno? O inferno é o estado da alma angustiada, daqueles que um dia viraram as costas para Deus, é um sentimento de culpa e desespero, é o vazio da alma entregue ao egoísmo. Cremos que Jesus veio ao mundo, justamente para nos tirar desse inferno, mas que infelizmente muitos ainda insistem em permanecer, e perdidos nesse inferno muitos morrerão. Por isso evangelho significa Boas Novas, boas novas da salvação. Deus não quer nos destruir, Deus quer nos salvar!