quinta-feira, 22 de abril de 2021

NÃO É O COMUNISMO QUE AMEAÇA A IGREJA E SIM O CAPITALISMO...

Paulo David

 


Denunciar as injustiças do capitalismos não faz do cristão e nem da igreja cristã comunista.

Criticar o capitalismo não implica em querer implantar algum tipo de Marxismo em seu lugar, mesmo porque, até mesmo o “comunismo” de Marx e suas contradições, mostrou-se vulnerável à sedução do capitalismo.

A grande verdade é que nunca haverá nesse mundo um sistema de governo humano imune à corrupção que se encontra no coração do próprio homem.Governos humanos, quer políticos, quer religiosos, já carregam em si a própria essência do pecado.

Homens que foram libertos do poder do pecado não querem governar outros homens.Assim, os textos citados como referencia nesse artigo não foram tirados do Manifesto Comunista, ou de algum escrito de Marx, Lenin ou algum outro escritor marxista, mas foram tirados do Novo Testamento.

Outro aspecto que preciso esclarecer é que o que tento expor nesse artigo não se aplica a todos os cristãos, nem a todas as comunidades de fé, nem a todos àqueles que em sinceridade e humildade, anunciam a palavra de Deus.

Por outro lado, falarei da realidade de uma maioria cada vez mais crescente, daí a gravidade e urgência do que tenho para dizer

É compreensível que muitos daqueles que irão fazer essa leitura não estejam familiarizados com as passagens citadas, já que pouco ou quase nada é ensinado sobre estas nos dias atuais.Esse fato, a ausência de se falar nessas passagens, deveria parece a todos nós algo assustador, mas infelizmente não é. Ao mesmo tempo, torna-se um fenômeno compreensível, afinal de contas, grande parte da liderança religiosa do cristianismo de hoje, associada indevidamente à interesses de poder, tanto políticos como econômicos, desde sempre, vem sistematicamente promovendo teorias da conspiração contra “ameaças tenebrosas”, que na idade média por exemplo eram “os bárbaros” e mais contemporaneamente, desde os tempos da guerra fria, passou a ser o comunismo. Esse seria nos dias finais, o sistema que o anticristo implantaria no mundo, daí esse medo paranoico que muitos “crentes” tem do comunismo...Mas convenientemente, não do capitalismo. 

Será que nós como cristãos nunca lemos nos Evangelhos que no mundo teríamos aflições, que o mundo nos odeia e que a perseguição, a perda de bens e até a morte sempre foram possibilidades na vida daqueles “que não são desse mundo”. Ainda que o comunismo fosse uma possibilidade em nossos dias, e não é, visto que o capitalismo financeiro se estabeleceu em todo o mundo, até mesmo em países que se auto proclamam comunistas, não encontramos nenhuma advertência no Novo Testamento aos perigos à nossa fé de algum sistema político, ideológico e econômico parecidos com o “comunismo”.

O comuníssimo não é o verdadeiro inimigo da igreja, nem a verdadeira ameaça à fé em Cristo!Ao lermos os evangelhos e todo o Novo Testamento, nos ensinos de Jesus e dos apóstolos, encontramos sim, advertências claras aos perigos de algo que mais se parece com o atual capitalismo do que com o que Marx erroneamente preconizou que se estabeleceria no mundo, o que de fato mostrou-se equivocado, tanto que desapareceu.

]O que encontramos no Novo Testamento são inúmeras advertências contra o perigo real do amor ao dinheiro e a sedução do poder, correntes que prendem os homens a este mundo e que coincidentemente são promovidos não pelo comunismo e sim pelo capitalismo.Essa mudança de foco é mais uma das artimanhas de Satanás e tem funcionado como uma cortina de fumaça que busca esconder o que espiritualmente está acontecendo ao cristianismo institucional. Hoje na grande maioria dos púlpitos (não em todos) a pregação do evangelho tem sido substituída pela promoção do sucesso, prega-se a busca de poder e riquezas, inerentes do capitalismo, isso porque os próprios pregadores deixaram-se seduzir pelos encantos do capitalismo, e acabaram eles mesmos, se tornando ricos, poderosos e influentes politicamente no mundo, daí justificarem sua própria situação, que na realidade é de decadência espiritual, com esse tipo de pregação e ensino, promovendo o que Jesus condenou.

Ainda que isso não se aplica a todos, pois Deus sempre conserva um pequeno remanescente “que não se dobrou a baal”, essa é uma realidade crescente, especialmente no meio neo pentecostal, onde prosperidade e poder são prometidos em repetitivas campanhas, com nomes bíblicos sensacionalistas, campanha das doze tribos, dos trezentos de Gideão, dos 144 mil e por aí vai, tudo isso regado a um ambiente de forte apelo emocional, de adoração musical, ofertas generosas e obediência cega a seus líderes, sejam estes chamados de pastor, bispo, apóstolo, patriarca e não vai demorar muito, surgirá o título de vice-deus.

Essa hierarquização eclesiástica de poder é uma herança romana do início do declínio espiritual da igreja e que deu origem, na idade média, à primeira denominação religiosa cristã, a mãe de todas as demais denominações.

É justamente esse plano de carreira eclesiástica que motiva muitos dentro das denominações religiosas a servirem seus superiores hierárquicos, trabalhando para agradar o homem e para o crescimento de suas denominações, e não apenas para o crescimento do Reino de Deus.

Está busca de reconhecimento e de proeminência é algo que por sua vez, alimenta o ego humano e reforça a própria natureza do pecado, o desejo de governar os outros, essa tendência da natureza pecaminosa do homem foi condenada por Jesus e não demorou muito, apareceu logo no início da igreja.

No livro de Apocalipse, nas cartas às 7 igrejas, essa atitude é chamada por Cristo de “obras dos Nicoilaítas”, que acabou evoluindo para “doutrina dos Nicoítas”, e se manifestou e continua manifestando até hoje na tendência de se fazer discípulos para si e não para Cristo, o que resultou na divisão da igreja e no denominacionalismo religioso.Essa é a razão que faz com que muitos crentes se submetam servilmente a seus líderes, o desejo de um dia submeter outros a si mesmo, o que se opõe ao ensino de Cristo em Mateus 20: 25. 

Então Jesus chamou-os a si e disse: Bem sabeis que os governadores dos gentios os dominam e que os grandes exercem autoridade sobre eles. 26. Não será assim entre vós. Pelo contrário, todo aquele que entre vós quiser tornar-se grande seja vosso servo, 27. e quem quiser ser o primeiro seja vosso escravo — 28. tal como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

Toda essa busca de interesses pessoais, competição entre irmãos e busca pelo poder, encontra naturalização, incentivo e louvor dentro do capitalismo.O que estou tentando demonstrar é que ao adaptar-se ao espírito do capitalismo, o cristianismo abandonou sua essência em torno da pessoa e obra de Cristo, bem como pregação do evangelho do reino, que resgata e liberta o homem do poder do pecado e do engano desse mundo, pondo no lugar um outro evangelho, antropocêntrico, que na prática põe na boca de Jesus as promessas de Satanás, feitas por este ao Senhor, na tentação do deserto em Mateus 4: 8. 

“Levou-o novamente o Diabo a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. 9. E lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”Não tenho nenhuma dúvida que a apostasia na qual falou o apóstolo Paulo refere-se ao que estamos vendo na maior parte do cristianismo de hoje.Este cristianismo secular, enquanto instituição religiosa, é hoje, sem sombra de dúvidas, a besta que subiu da terra de apocalipse 13:11. 

Um monstro que tem aparência de cordeiro mas fala como o Dragão e que engana os que habitam sobre a terra e os levam a adorar a primeira besta, os governos e o sistema deste mundo.

Abaixo cito inúmeras passagens do Novo Testamento sobre o que a Palavra de Deus ensina sobre esse assunto:
 
Atos dos Apóstolos 20: 29. Sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão o rebanho. 30. E que dentre vós mesmos se levantarão homens que torcerão a verdade, para atrair os discípulos após si. 33. De ninguém cobicei prata, nem ouro, nem roupas. 34. Vós mesmos sabeis que estas mãos proveram o que me era necessário, e aos que estão comigo. 35. Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário socorrer os enfermos, recordando as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
 
Mateus 6: 24. Ninguém pode servir a dois senhores. Ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.Atos dos Apóstolos 2: 
 
Atos dos Apóstolos 2: 40. Com muitas outras palavras dava testemunho, e os advertia, dizendo: Salvai-vos desta geração corrompida. 42. E perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações. 43. Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. 44. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45. Vendiam suas propriedades e bens e repartiam com todos, conforme a necessidade de cada um.
 
Atos dos Apóstolos 4: 32. Era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas eram compartilhadas. 33. Os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. 34. Não havia entre eles necessitado algum. Pois todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos. 35. E distribuía-se a cada um conforme a sua necessidade.

1 Timóteo 6: 6. De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. 7. Porque nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele; 8. tendo, porém, sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. 9. Os que, porém, querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitos desejos descontrolados e nocivos, os quais submergem os homens na ruína e perdição. 10. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se atormentaram com muitas dores.
 
Tiago 2: 5. Ouvi, meus amados irmãos: Não escolheu Deus aos que são pobres aos olhos do mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam? 6. Vós, porém, desonrastes o pobre. Não são os ricos os que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? 7. Não são eles os que blasfemam o bom nome daquele a quem pertenceis? 8. Todavia, se cumprirdes a lei do Reino, encontrada na Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem.
 
Tiago 5: 1. Agora, vós, ricos, chorai e pranteai, por causa das misérias que sobre vós hão de vir. 2. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça. 3. O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram. A sua ferrugem dará testemunho contra vós e devorará a vossa carne como fogo. Entesourastes nos últimos dias. 4. Vede! O salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando. Os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor Todo-poderoso. 5. Deliciosamente vivestes sobre a terra e vos deleitastes. Cevastes o vosso coração no dia de matança. 6. Condenastes e matastes o justo, que não resistiu a vós.




666: A MARCA DA BESTA




Paulo David
Nos primeiros séculos os cristãos foram duramente perseguidos pelos Imperadores romanos, algo que nos chama a atenção, já que em geral, a política do Império romano era de relativa tolerância em relação as religiões dos povos conquistados.
Para entendermos a razão política-ideológica desta forte perseguição, temos que considerar, antes de tudo, que a fé cristã em si, na visão dos imperadores romanos, confrontava e ameaçava o Império em seus três principais fundamentos, o primeiro era o culto ao imperador, negado evidentemente pelos cristãos, que tinham em Jesus Cristo seu único Senhor, o segundo fundamento era a questão da escravidão, base de sustentação da economia do Império, mas totalmente antagônica a fé cristã que pregava a libertação e a igualdade entre todos os homens, o terceiro fundamento era o uso da espada, graças às guerras o império transformara-se no mais poderoso império da antiguidade, mas para os cristãos, o Reino de Deus era um reino de Paz.
Se a fé cristã viesse a se espalhar, os fundamentos do Império certamente seriam abalados.
Foram três séculos de violentas perseguições, o que contraditoriamente só contribuiu para o avanço do evangelho de Cristo e o enfraquecimento do Império.
“O sangue dos mártires era a semente da igreja e do Reino de Deus”.
Diante dessa situação, no quarto século levantar-se-ia um imperador de nome Constantino que mudaria radicalmente a estratégia do Império em relação aos cristão. Em 313 ele publica o édito de Milão, proibindo a perseguição aos cristãos, iniciando assim uma política que visava trazer os cristãos para o lado do Império.
Essa politica iniciada por Constantino e completada por Teodosio, acabaria por fazer do cristianismo a religião oficial do Império Romano e única que seria aceitável por este, nascia assim a Igreja Católica Apostólica Romana, o que contribuiria para a cristianização do Império, mas também, infelizmente, para a romanização da igreja.
Iniciava-se assim a apostasia da igreja e os fundamentos da fé cristã seriam gradativamente modificados.
Diante disso, muitos cristão que permaneceram fiéis aos ensinos de Cristo e dos apóstolos, se afastariam da igreja institucionalizada, deixando de se reunir com está.
Eram os desigrejados daquele tempo, os chamados hereges.
Uma nova perseguição começaria.
A partir daí haveria não mais uma, mas duas igrejas, uma falsa, outra verdadeira, uma, a igreja do homem, a outra, a igreja de Deus, uma unida ao estado, amante de governantes, rica e poderosa, hierarquizada pela disputa interna de poder, justificando e apoiando à escravidão em todas as suas formas e o uso das armas e a guerra, e a outra, sujeita apenas ao senhorio de Cristo, crendo na igualdade e na liberdade em Cristo, dada a todos os homens, guiada pelo Espírito de Cristo e tendo na palavra de Deus e no escudo da fé suas únicas armas.
Uma perseguidora, a outra, perseguida.
Ao lermos o livro de apocalipse vemos tudo isso que aconteceu sendo revelado diante mão à João, que viveu no tempo da grande perseguição e que terminou sua vida exilado na ilha de Patmos por causa dessa perseguição.
Essa futura união da igreja com o império romano, reveladas a João, e o surgimento de duas igrejas, uma falsa e outra verdadeira, aparecem claramente no capítulo 12, a igreja verdadeira e no capítulo 18, a igreja falsa. Leia esses dois capítulos.
Mas o que mais me chama a atenção é o que encontramos no capítulo 13 de apocalipse, no verso 18, ali Deus dá a João uma chave profética para entender a natureza da a apostasia que aconteceria.
Deus da um número para identificar a besta, o espírito do anticristo. Esse número revelado é 666.
É dito a João que era um número de um homem. Lembremos que João havia sido exilado a mando de um Imperador romano, provavelmente Domiciano.
Mas foi antes, a partir de Nero César que o Império romano começara efetivamente a perseguir sistemática e violentamente os cristãos.
Nero odiava os cristãos, especialmente por estes não o consideravam um ser divino.
Por isso o nome NERO CÉSAR tem no livro de apocalipse um significado profético muito grande.
A somatória das letras de seu nome e título divino é de fato 666.
Era comum na cultura daqueles povos os nomes terem um equivalente númerico. Por isso era claro para os primeiros cristãos, ao lerem o livro de apocalipse que 666 se referia a NERO CÉSAR, mas não a pessoa de Nero especificamente e sim ao que este nome representava.
O que Deus estava revelando a João e a nós, com esse nome e número profético, era que a marca, o número e o nome da besta estavam de alguma forma relacionados à relação da igreja com os governos deste mundo, dando a entender o Espírito Santo, e hoje sabemos disso, olhando a história passada e recente da igreja, que a apostasia iniciou-se com a união da igreja com um NERO CÉSAR romano, ou seja a apostasia veio de uma união adúltera entre a igreja e o Estado, com os poderes políticos e econômicos deste mundo.
Por isso, quando olho hoje a história do cristianismo, o seu nascimento e sua corrupção a partir da relação da igreja com os Estados, compreendo o significado do texto bíblico.
Quando estudo na história sobre a “santa inquisição”, as cruzadas, as guerras de religião que levaram católicos e protestantes na Europa a matarem uns aos outros.
Quando vejo a exploração e o genocídio colonialista dos sec XVI e XIX, feitos em nome de Deus, as duas guerras mundiais, por causa dessa disputa, e isso entre nações ditas cristãs.
Quando olho para a história dos Estados Unidos da América, que ostenta em sua moeda, a seguinte inscrição: “nós confiamos em Deus”, mas ao mesmo tempo, deve seu enriquecimento a uma política de guerras imperialistas, de extermínio de índios e mexicanos e ao preço da dor e do sangue de negros escravizados, entendo o significado das palavras de apocalipse.
Quando penso no apartheid, na África do Sul
e nos EUA, no racismo e na segregação por motivações religiosas e tantas outras abominações feitas por nações, ditas cristãs, em nome do Deus, não tenho dúvida que é à está falsa igreja, esse falso cristianismo, o Anticristo, a que João em suas epístolas e no apocalipse, se refere.
João deixa entender que o Espírito do anticristo sai e sairia de plena de dentro da igreja!
1 João 2: 18. Filhinhos, esta é a última hora; e como ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos têm surgido, pelo que conhecemos que é a última hora. 19. Saíram de nosso meio, mas não eram dos nossos. Pois se tivessem sido dos nossos, teriam ficado conosco; mas isso é para que se manifestasse que nenhum deles é dos nossos.
Finalmente, quando olho hoje para o Brasil e vejo um grande número de pessoas que acreditam serem cristãs, tanto católicos, quanto evangélicos, unidos e apoiando um governo que insiste em fazer o mal, e isso usando o nome de Deus.
Cristãos dispostos a lutar com armas, dispostos a matar e a morrer, para defender um governo anticristo ou para defender seus tesouros ajuntados na terra, entendo claramente, porque a marca da besta está relacionada ao significado profético do nome Nero César.
Nero César representa a sedução do poder, do domínio, e das riquezas.
Nero César representa a força das armas.
Nero César representa a justificação da escravidão, da morte e da guerra.
Nero César representa a justificação da existência de ricos e pobres, de livres e escravos.
Nero César representa um cristianismo transformado em comércio. Comércio com a fé, ao ensinar que é possível “comprar e vender” as coisas de Deus.
Apocalipse 13: 16. E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na testa, 17. para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. 18. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, pois é o número de um homem. O seu número é seiscentos e sessenta e seis.
Eu já calculei.
E você?

O QUE IMPEDE A SALVAÇÃO DE TODOS SE DEUS PERDOOU A TODOS


Paulo David
Lucas 18: 9. Jesus disse esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: 10. Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, cobrador de impostos. 11. O fariseu, em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, ladrões, injustos e adúlteros, nem ainda como este cobrador de impostos. 12. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo o que possuo. 13. O cobrador de impostos, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14. Digo-vos que este foi justificado para sua casa, e não aquele. Pois qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilhar será exaltado.
Ultimamente tenho pensado muito sobre a condição humana. Tenho examinado as escrituras para entender de fato o que elas ensinam sobre essa condição.
Assim a cada dia o Senhor vem me dando um entendimento mais claro, tanto da natureza do pecado em nós, quanto da infinita misericórdia que Deus tem para com todos os pecadores..
Hoje mais de nunca creio que a salvação foi oferecida por Deus a todos os homens, sem distinção, e que esta salvação, se baseia única e exclusivamente na obra e nos méritos de Cristo.
Sei hoje, que se a salvação dependesse um grama que fosse de algo de bom em nós, ninguém se salvaria.
Nunca o significado de graça tem sido tão claro para mim, como tem sido agora.
Hoje entendo que a graça salvadora, se puder ser explicada, só o pode pela compreensão da própria natureza e caráter de Deus. Deus é amor, e sendo amor, ama a todas as suas criaturas, e por isso quer o bem para todas elas.
Outro aspecto da natureza e caráter de Deus é que Deus apesar de ser Deus , e poder todas as coisas, não força ninguém a aceitar a sua graça e perdão. A graça de Deus não é irresistível como parece ter ensinado Agostinho, Lutero e Calvino, caso contrário não seria graça e sim força.
Isso não diz respeito ao poder de Deus, e sim ao caráter de caráter, tem a ver com uma questão de respeito da parte de Deus às escolhas morais do homem.
Forçar o homem a escolher algo contra a sua própria vontade parece mais coisa do Diabo que de Deus.
Deus fez o homem dotado de liberdade de escolhas morais, e mesmo que o egoísmo humano por causa do pecado, o impeça de escolher render-se a Deus, o homem ainda pode escolher reconhecer seu estado de perdido.
O homem não pode se curar, nem mesmo sozinho encontrar a cura, mas pode ser honesto para consigo e reconhecer estar doente.
Assim, visto que a humanidade tinha se desviado e se corrompido a tal ponto que seria impossível para qualquer um de nós encontrar o caminho de volta para Deus, e assim se salvar, decidiu Deus, em sua misericórdia, perdoar a todos os pecadores enviando Jesus para buscar a todos e levá-los de volta para Deus.
De fato, não há bondade no homem que o torne merecedor dessa tão grande misericórdia, daí ser a misericórdia, algo que se justifica apenas e tão somente, pela natureza e caráter do próprio Deus.
Mas, se de fato é assim, se a misericórdia e o perdão foram oferecidas a todos, por que encontramos nas escrituras que muitos não serão salvos?
Se Deus perdoou a todos, e todos são igualmente pecadores, por que uns serão salvos e outros não?
Como pode ser alguém condenado no último dia, tendo sido dantes, perdoado na cruz?
Confesso que no passado, esse assunto era um pouco obscuro para mim, uma questão difícil de entender, e mais, de explicar.
Sei que Calvinistas e Arminianos já se desgastaram tentando dar uma explicação convincente à esta questão.
Para Calvinista o fato da salvação ser obra exclusiva de Deus, é Deus, que por alguma razão que só a Ele pertence, quem escolhe salvar alguns e deixar de salvar outros...
Para Arminianos, mesmo que a salvação seja obra exclusiva de Deus, a nós pertence a escolha de aceitar ou não essa salvação, e assim temos um mérito, o mérito da escolha.
Mas aí vem duas questões:
Um Deus que é amor, escolheria salvar uns e outros não?
Um pecador orgulhoso e egoísta, escolheria servir a Deus?
Acredito que essa questão tem sido mau colocado desde a sua origem.
Temos olhado essa questão no lugar errado.
O problema do porquê de muitos não serem salvos não pode ser explicado na escolha de Deus de salvar, nem na escolha humana de ser salvo.
Essa questão vem antes da relação de Deus para com o homem ou a do homem para com Deus.
Ao me ver a resposta à está questão está na relação do homem para consigo mesmo.
A meu ver existe uma outra forma de olharmos essa questão.
Existe uma outra explicação para o porquê de alguns não se salvarem.
Não há dúvidas para mim que Deus de fato perdoou a todos e escolheu salvar a todos, e que a salvação não necessita de nenhuma cooperação ou escolha humana para com Deus para ser alcançada.
Vamos lembrar que até a fé é dom de Deus.
Efésios 2: 8. Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós, é dom de Deus; 9. não das obras, para que ninguém se glorie.
Não somos nós que buscamos a Deus, é Deus que nos busca e é Ele que nos encontra.
Deus ama, escolhe e perdoa a todos em Cristo Jesus, no entanto seu amor e seu perdão podem não alcançar os nossos corações por alguma resistência em nós mesmos.
Isso acontece quando, mesmo pecadores, nos recusamos a reconhecer-nos como tal, pois insistimos em confiar em nossos próprios méritos e justiça.
E é justamente por causa dessa atitute que existem tantas religiões no mundo. A fé que o homem tem em seu próprio esforço, mérito e justiça para conquistar o favor de Deus,a salvação.
Sim, Jesus ao perdoar a todos, pode salvar a todos, mesmo o pior dos pecadores, mas a verdade é que o perdão, dado por amor, não tem efeito naquele que não reconhece sua culpa, o seu pecado, e assim, não sente nenhuma necessidade do perdão.
Nessa condição, o pecador, apesar de perdoado, não é beneficiado pelo perdão, não é alcançando pelo amor de Deus, não recebe a fé, não pode mudar o seu caminho, nem ser salvo por Deus.
Quando confiamos em nossa própria justiça religiosa e/ou moral, mentimos para nós mesmos, assumimos um discurso e aparência de piedade que sabemos que não temos.
Vivendo nessa mentira é muito difícil sermos alcançados pela misericórdia de Deus e sermos salvo.
A salvação vem a nós, única e inteiramente pela graça, e nunca por nossa própria justiça e merecimento.
Assim não é uma questão de Deus nos ter escolhido ou de nós termos escolhido a Deus. Tem a ver com uma escolha, mas a escolha entre verdade e mentira no íntimo do nosso ser.
Para Deus é mais fácil salvar um assassino que se reconhece como tal, do que salvar um religioso se acha santo, e não é!
Não podemos ser salvos por nossos próprios méritos, simplesmente porque não os temos. Isso é a verdade.
1 João 1: 8. Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.
Quando o nosso Senhor esteve na terra, salvou a muitos pecadores que encontrou pelo caminho, publicanos, adúlteros e adúlteras, ladrões, meretrizes e muitos outros, mas não conseguiu salvar muitos religiosos, pois estes se escondiam por trás da mentira da religião.
Começo a acreditar que o inferno é o lugar de um único tipo de pecador, o hipócrita. Se de fato for assim e eu estiver correto na minha interpretação, as passagens do novo testamento que listam os pecadores que irão para o inferno, como os adúlteros, ladrões, sodomitas, idólatras, mentirosos e outros, devem ser entendidas não sobre o ponto de vista dos pecados em si, mas da hipocrisia daqueles que mesmo cometendo pecado, vivem como se não os cometessem.
Esses pecadores vão para inferno por causa da hipocrisia, já que Deus na cruz perdoou todos os pecados da humanidade.
Quando somos hipócritas, nos tornamos fiscal da vida alheia, adquirimos um discurso moralista e exarcebado para encobrir nossa vida de imoralidades.
Muitos de nós, dizendo servir a Deus na igreja, somos como Judas, que era ladrão, recebendo dinheiro e até mesmo glória que pertence somente a Deus.
Outros de nós passam uma vida inteira escondendo sua verdadeira sexualidade, para serem aceitos e admirados pelos seus, muitas vezes escondendo-se por trás de um discurso homofóbico, machista e misógino, como disfarce religioso. Alguém já disse que temos a tendência de perseguir nos outros os fantasmas que nos atormentam.
Outros de nós ainda nos apresentamos como defensores da família tradicional para esconder uma vida de adultério, ou dizemos que somos contra o aborto porque defendemos a vida, quando nunca realmente nos importamos com a vida das crianças abandonadas e que passam fome.
É isso tipo de coisa, uma vida de mentira que pode levar os pecadores para o inferno.
É porque uma vida de mentira e hipocrisia pode nos levar para o inferno?
Porque quando somos hipocritas, fazemos Deus mentiroso.
1 João 1: 10. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós.
Ninguém irá para o inferno por causa dos pecados mas por causa da vida de mentira e de hipocrisia.
Deus ama a todos os pecadores, perdoa a todos os pecadores e a todo tipo de pecado.
Deus tem poder e graça para salvar a todos pecadores, mas a hipocrisia parece ser um tipo de pecado auto imune ao perdão.
O hipócrita não se deixa perdoar, e não se deixa perdoar porque tem prazer na mentira e não quer assumir sua culpa diante de Deus e dos homens, assim nega ter necessidade de perdão e despreza o que Cristo fez por ele.
Para o hipocrita o pecador é sempre o outro e o culpado e devedor acaba sendo Deus!
O hipócrita ao ter prazer numa vida de mentira, comunga com o espírito de Satanás, sendo por isso o próprio Diabo.
João 6: 70. Respondeu Jesus: Não vos escolhi eu aos Doze? Contudo, um de vós é um diabo.
Infelizmente essa é a realidade. Jesus falando sobre a hipocrisia dos religiosos que diziam servir a Deus, mas queriam matá-lo, disse a eles em João 8: 44. “Vós pertenceis ao vosso pai, o Diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira.”
Fica a nós a advertência de Jesus:
Lucas 12: 1C “Tende cuidado com o fermento dos fariseus, que é a hipocrisia.”

 

quinta-feira, 25 de março de 2021

O BATISMO QUE NOS SALVA DE NÓS MESMOS...

 

Paulo David
1 Pedro 3: 16. Tende uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom procedimento em Cristo. 15. Antes santificai Cristo, como Senhor, em vosso coração. Estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em vós. 17. Melhor é que padeçais fazendo o bem (se a vontade de Deus assim o quer) do que fazendo o mal. 18. Pois Cristo padeceu uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus. Ele, na verdade, foi morto na carne, mas vivificado pelo Espírito, 19. no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, 20. os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca. Nela poucas (isto é, oito) almas se salvaram através da água, 21. que também agora, por uma verdadeira figura — o batismo — vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia da carne, mas o compromisso de uma boa consciência para com Deus, por meio da ressurreição de Jesus Cristo, 22. que está à direita de Deus, tendo subido ao céu; a ele estão sujeitos os anjos, as autoridades e as potestades.
Marcos 10: 38. Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo, ou ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?
Mateus 16: 24. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 25. Pois aquele que quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por amor de mim a achará.
Mateus 3: 11. Eu vos batizo com água, para arrependimento. Mas depois de mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
Talvez um dos ensinos do Novo Testamento que menos tenha sido compreendido foi o que diz respeito ao assunto do batismo e seu significado e importância na salvação. Lendo
Hebreus 6:1 e 2, (1. Pelo que, deixando os ensinos elementares da doutrina de Cristo, prossigamos para a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e da fé em Deus, 2. o ensino sobre batismos e imposição de mãos e sobre a ressurreição dos mortos e o juízo eterno.) Nessa passagem, o escritor de Hebreus, ao falar dos ensinos elementares da doutrina de Cristo, ele cita “o ensino sobre batismos”.
Por que o escritor se refere a batismos e não a batismo?
Ao lermos o Novo Testamento com atenção percebemos que tanto Jesus, nos evangelhos, como nos demais escritos do Novo Testamento, ao falarem sobre batismo, não estão falando sobre uma única experiência, é que no Novo testamento encontramos pelo menos referência a dois tipos de batismos.
A primeira referencia ao batismo diz respeito ao rito realizado por João no Jordão, que com água batizava àqueles que vinham até ele confessando estarem arrependidos de seus pecados.
Encontramos nos evangelhos e no livro de Atos que esse rito foi também praticado posteriormente pelos discípulos de Jesus.
João 4: 1. “Quando os fariseus ouviram que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João, 2. se bem que Jesus não batizava, e sim os seus discípulos,”.
Uma outra referência sobre batismos foi dado primeiramente pelo próprio João Batista e confirmados pelo ensino de Jesus e dos apóstolos, o batismo com o Espírito Santo e com fogo, o que por sua vez parece tratar de dois aspectos de um mesmo batismo.
As religiões cristãs fundamentalistas, influenciadas pelo ritualismo romano, fizeram dessa primeira referência ao batismo, a do batismo com água, um sacramento, algo de alguma forma, necessário à própria salvação, mais tarde, com o movimento pentecostal protestante e carismático católico, passaram a dar ênfase também ao outro batismo, o batismo com o Espírito Santo, ainda que distorcendo ou reduzindo seu significado e importância em relação ao primeiro.
É curioso que João, o evangelista, faz questão de citar em seu evangelho que o próprio Jesus não batizava ninguém com água.
O Novo Testamento nos ensina que somos salvos única e suficientemente pela obra de Cristo na Cruz, deixando claro que nenhuma obra ou rito realizado por homens pode acrescentar algo à nossa salvação, e assim, quando Marcos afirma no seu evangelho no capítulo 16: 16. “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.”, ele não poderia estar se referindo ao batismo com água. Se o batismo com água estivesse incluso na obra do evangelho, Paulo não teria feito a seguinte declaração em 1 Coríntios 1: 14. Dou graças a Deus porque a nenhum de vós batizei, senão a Crispo e a Gaio, 15. para que ninguém diga que fostes batizados em meu nome. 16. Batizei também a família de Estéfanas; além destes, não sei se batizei algum outro. 17. Pois Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar; não com sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo não se faça vã. “Pois Cristo enviou-me não para batizar, mas para evangelizar;”.
Mas alguém poderia questionar esse pensamento dizendo, mas e a grande comissão de Mateus 28:19?
Vamos ler: Mateus 28: 19. “Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,” Aqui Jesus não está dando mandamento aos apóstolos de fazer discípulos, batizando-os? Será que o apóstolo Paulo desconhecia ou discordava deste mandamento de Jesus?
Evidentemente que não!
Você já parou alguma vez para pensar a possibilidade de que Jesus na grande comissão poderia não estar se referindo ao batismo com água e sim ao batismo com o Espírito Santo?
Leiamos em Atos dos Apóstolos 8: 14. Quando os apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. 15. Quando chegaram, oraram para que recebessem o Espírito Santo, 16. porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus. 17. Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.
Assim, atribuir a um rito simbólico, praticado num contexto cultural da transição do velho para o novo testamento, algum valor para a salvação

, é não ter entendido ainda a suficiência da obra de Cristo, e que a inclusão do batismo com água como sacramento, necessário de alguma forma à salvação esteja relacionado à formação de uma hierarquia de poder na igreja e à necessidade de dar a estes “pastores” e “bispos” dessa igreja institucionalizada e hierarquizado, um instrumento de domínio e controle sobre o povo. O perigo que o próprio Paulo havia enxergado em seus dias.
Lendo o texto de Marcos sobre o batismo que salva, não tenho dúvida que se trata do batismo com o Espírito Santo e com Fogo. Entendemos isso a partir dessa afirmação de Jesus em Mateus Mateus 16: 24. Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 25. Pois aquele que quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por amor de mim

a achará.
Precisamos do batismo com Espírito Santo para passar pelo fogo purificador do sofrimento. Precisamos do batismo do Espírito Santo é do fogo para sermos salvos de nós mesmos, da vida do EGOÍSMO, a raiz de todo o pecado.
Não desprezando algum valor simbólico-cultural que possa ter os ritos religiosos, é muita ingenuidade supersticiosa acreditar que um rito, consistindo em um pastor, bispo ou padre, de derramar ou mergulhar em água uma criança ou um adulto, possa salvar espiritualmente alguém. A salvação, ensinada no Novo Testamento, nos foi dada única, exclusiva e suficientemente pela obra de Cristo na cruz. E por está salvação já ter sido realizada, que Cristo, vencedor, ressurrecto e glorificado, pode derramar sobre nós e em nós o seu Espírito Santo, para nos dar poder para vencer nosso eu egoísta, a raiz de todo o pecado, que diante dos sofrimentos e provações da vida, este Espírito se torna um fogo que queima toda a palha. A isso o Novo Testamento chama de obra de santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.
1 Coríntios 3: 11. Pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. 12. E, se alguém sobre este fundamento levantar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13. a obra de cada um se manifestará, porque o dia a demonstrará. Pelo fogo será revelada, e o fogo provará qual seja a obra de cada um. 14. Se a obra que alguém edificou sobre ele permanecer, esse receberá galardão. 15. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá perda; o tal será salvo, todavia como pelo fogo.