domingo, 9 de abril de 2017

Quem é o meu próximo?




Paulo David

Mateus 22: 36 Mestre, qual é o grande mandamento na lei? 37 E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. 38 Este é o primeiro e grande mandamento. 39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 40 Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.
Mas quem é o nosso próximo?
Durante muito tempo eu entendia essa questão do próximo como sendo todas as pessoas, as estavam perto e as que estavam longe. Hoje entendo que o próximo não é aquele que está nem muito menos aqueles que estão perto. O próximo é aquele que dele nos aproximamos.
Marcos 16:15 “E disse-lhes: Ide (indo) por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”
Em nenhum lugar do novo testamento é dito que as pessoas precisam vir para ouvir o evangelho. Jesus disse “vinde a mim os que estão cansados e sobrecarregados”, mas também disse que devemos ir e fazer discípulos. Fazer discípulos é se aproximar daqueles que estão perto de nós mas distantes de Cristo assim como Jesus se aproximou de nós ao vir a esse mundo como homem e ter morrido na cruz para aproximar-nos de Deus, seu Pai..
Mas porque é tão difícil nos aproximarmos das pessoas?
“É mais fácil amar os que estão distantes que amar os que estão próximos”
Por que? Porque, quando nos aproximamos das pessoas passamos a conhece-las e sermos conhecidos por elas, e é difícil amar as pessoas quando conhecemos seus pecados e suas imperfeições, é mais fácil jogar pedras que anunciar as boas novas de perdão e salvação.
A RELIGIÃO SÓ CONSEGUE ANUNCIAR O JUÍZO AOS PECADORES!
Por outro lado, não queremos que as pessoas nos conheçam e conheçam nossas falhas e imperfeições. Em nossa religiosidade tendemos a mostrar que somos aquilo que realmente não somos. Como os Fariseus do tempo de jesus, nós nos escondemos numa capa de “santidade” religiosa, e isso nos distancia ainda mais daqueles que deveríamos nos aproximar.
João 13:14 “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros”.
Nessa passagem Jesus fala de aproximação. Deixar lavar os pés é andar em humildade, é deixar que os outros nos conheçam, conheçam nossas falhas e imperfeições. Ser Igreja é nos aproximar e deixar que os outros se aproximem;
Talvez seja por isso que muitos procuram “igrejas” onde tenha muita gente e os relacionamentos sejam mais distantes e superficiais;
Mateus 22: 39 “E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
“O amor que temos para com o outro é proporcional à consciência que temos do amor de Deus por nós.”
Lucas 7: 36 E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. 37 E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento; 38 E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento. 39 Quando isto viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. 40 E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: Dize-a, Mestre. 41 Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinquenta. 42 E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
43 E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem. 44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. 45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento. 47 Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. 48 E disse-lhe a ela: Os teus pecados te são perdoados. 49 E os que estavam à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este, que até perdoa pecados? 50 E disse à mulher: A tua fé te salvou; vai-te em paz.
Essa passagem nos revela que o amor e o perdão, que nos leva a nos aproximarmos dos outros, é proporcional ao amor e perdão que recebemos de Deus e a proximidade que temos dele.
“PRECISAMOS NOS APROXIMAR DE DEUS PARA NOS APROXIMAR MAIS DOS HOMENS”
Tiago 4:8ª “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós”.

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