sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fé e compromisso com nossos irmãos

”Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” Mat. 28:19 e 20


Qualquer relacionamento neste mundo seja ele de amizade, matrimonial´, de trabalho ou qualquer outro tipo, exige de nós compromisso.
Com Deus não é diferente. Não podemos esperar do Senhor uma vida de vitória,em meio as tribulações, sem contudo, assumirmos um compromisso sério para com Ele.
A verdadeira FÉ não nos isenta de COMPROMISSO, pelo contrário, é ela que nos leva a confiar em Deus e nos render a Cristo, querendo andar com Ele lado a lado, deixando que Ele nos transforme à Sua imagem tornando-nos assim frutíferos.
A vida daqueles que têm fé é uma vida de compromisso e obediência.
Existe por aí uma fé emocional, uma espécie de “fé do Paraguai”, totalmente descompromissada com Deus e com sua palavra. Na maioria das vezes é totalmente desfocada da pessoa de Jesus, tornando-se assim uma “Fé na Fé”. Esse tipo de fé leva àqueles que a possui a viver ao sabor das emoções positivas. Para eles ir à igreja, testemunhar, cantar ou fazer qualquer outro serviço espiritual deve ser feito “QUANDO SE SENTI DE FAZER”. Confundem fé com entusiasmo.
Nessas condições existe a tendência de tentarmos barganhar com Deus, como se isso fosse possível, ofertas são dadas e até “compromissos” de se devolver os dízimos são assumidos, mas tudo isso é de pouca duração, pois as emoções humanas oscilam e essa fé logo se desvanece.
Enquanto vivemos no nível da fé emocional nos encontraremos sempre em dificuldades espirituais e desanimo, hora lá em sima, hora lá em baixo.
É possível saber se a nossa fé é genuína ou emocional? E possível conhecer a nossa verdadeira condição espiritual?
Sim, Deus não nos deixa enganados. Ele providenciou inúmeras e eficazes maneiras de nos ajudar a provarmos a nós mesmos para saber se realmente estamos na fé.
Uma das mais eficazes é através da Sua igreja, por meio do relacionamento que temos com nossos irmãos.
Um sinal evidente de crescimento no relacionamento com Deus, e da fé, é o crescimento no relacionamento com os irmãos dentro da igreja. IGREJA aqui não diz respeito à IGREJA como corpo espiritual de Cristo, a qual todos os cristãos pertencem. Eu me refiro à IGREJA enquanto expressão concreta deste corpo espiritual. Eu me refiro a uma congregação local, pois existem àqueles que dizem pertencer apenas ao CORPO ESPIRITUAL DE CRISTO-ÚÚÚÚÚÚÚ! Sendo incapazes de se ligar à uma igreja enquanto pessoas de verdade, o que é claro, exigiria deles relacionamento e entrega de si mesmo a seus irmãos.
Estes dirão: Eu só me entrego a Deus, “Maldito o homem que confia no homem”...
Quando estamos crescendo na fé e no amor de Deus é de se esperar que cresça o amor e a confiança que temos uns para com os outros. Lendo Atos 2 vemos que os primeiros cristãos, que estavam cheios do Espírito Santo (de Jesus), perseveravam na comunhão e no partir do pão, estavam juntos e tinham tudo em comum. Ou eles não conheciam a passagem bíblica anterior, utilizadada como base da desconfiança, ou conheciam muito a Deus.
Não é NORMAL alguém que acredita estar crescendo na fé não estar, ao mesmo tempo, crescendo na união com seus irmãos. Existe algo muito errado no nosso relacionamento com Deus se não sentimos vontade de ir aos cultos, de nos envolvermos com nossos irmãos e com a obra de uma igreja local.
Mas estes novamente retrucarão: Eu não preciso estar ligado a uma igreja local para encontrar com Deus, posso encontrar com Deus em minha casa ou mesmo posso ir a cada domingo numa igreja diferente e lá encontrar com Deus. Isso é verdade, mas se realmente estamos encontrando com Deus, o Seu amor em nossos corações criará em nós um anseio por de um relacionamento mais próximo com nossos irmãos. Um relacionamento que envolverá compromisso, pois amar é comprometer-se.
Freqüentar uma igreja não significa que estamos unidos com nossos irmãos.
Uma coisa é ir à igreja, outra é estar ligado com os irmãos. As igrejas estão cheias de pessoas solitárias, passando por lutas e dificuldades espirituais. Muitas desses já morreram e são verdadeiros Zumbis espirituais dentro das igrejas cheirando mal. Outros estão morrendo, mas se recusam a se abrir com seus irmãos, muito menos com seus pastores. Não estão crescendo em amor por isso não confiam nem consideram àqueles que velam por suas almas. Dizem que seu pastor é Jesus, mas suas vidas espirituais evidenciam que eles pastoreiam a si mesmos.
Estes sintomas nos levam a uma de duas conclusões:
Ou o problema é a igreja que eles estão, pois eles não conseguem confiar nos seus pastores e irmãos, e, pelo tempo que muitos estão em determinadas igrejas, (pois confiança não se conquista de uma hora para outra) torna essa situação preocupante, pois continuam ali. Numa situação como esta, seria preferível que tais irmãos procurassem outro aprisco com irmãos, pastores e doutrina dignos de sua confiança. Mas é preciso saber onde realmente está o problema, se é naquela igreja ou no coração daquela pessoa.
A outra possibilidade, igualmente preocupante ou talvez pior, é a daqueles que não querem ter compromisso sério com Deus e por isso não se comprometem com a igreja. Dizem que suas vidas dizem respeito apenas a eles mesmos e a Deus, confundindo individualidade espiritual com individualismo carnal?
Na oração que Jesus nos ensinou encontramos a expressão: Pai nosso e não Pai meu. Isso nos dá uma visão de um relacionamento com Deus que inclui outros nesse relacionamento. Isso é a igreja, a grande família de Deus, o corpo de Cristo, onde manifestamos aos irmãos o amor que temos ou não temos recebido de Deus.
Entendemos que alguém possa não se ajustar a determinada igreja. Mas me parece bastante estranho alguém não se ajustar a igreja nenhuma.
Por que isso seria estranho? Porque o nosso relacionamento com Deus não é apenas vertical, mas também horizontal, pois se não amamos nossos irmãos o qual vemos como podemos amar a Deus a quem não vemos, I Jo.4:20.
Amar significa desejar companheirismo, confiança e principalmente COMPROMISSO. A partir do momento que assumimos um compromisso com Deus, de amá-lo, segui-lo e obedecê-lo, assumimos também um compromisso com nossos irmãos de compartilhar com eles não apenas as bênçãos recebidas, mas também as lutas e dificuldades da vida. Compartilhamos as vitórias, mas também confessamos nossos pecados uns aos outros para sermos curados. Submetendo-nos uns aos outros em amor, assim crscendo em humildade.
Precisamos examinar os nossos próprios corações. Nossos motivos e atitudes precisam ser analisados à luz daquele que sonda os corações.
Precisamos saber onde estamos com Deus.
Quando O Senhor Jesus esteve na terra como homem, Ele se relacionou basicamente com dois tipos de seguidores:
A multidão e os discípulos.
Onde estamos em nosso relacionamento com Deus? Somos apenas parte da multidão?
A multidão era composta daqueles que seguiam a Jesus por causa dos sinais, das curas e dos milagres. Eles queriam a Jesus, pois para eles Jesus significava bênçãos. Eles não tinham compromisso de segui-lo para onde quer que ele fosse, nem de obedecê-lo custasse o que custasse.
A igreja também sempre terá pessoas nesse nível espiritual. São aqueles que querem contar com a igreja, mas a igreja não pode contar com eles.
Mas havia também os discípulos, estes seguiam a Jesus por que queriam a Jesus mesmo. Eles sabiam que nele estava a vida e que só Ele tinha as palavras de vida eterna. Estavam dispostos a segui-lo para onde quer que Ele fosse, queriam amá-lo de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças, de todo o entendimento, desejavam obedecê-lo em tudo. Tudo o que eles eram e tudo o que eles tinham estava entregue ao serviço do Senhor. Eram homens falhos mas COMPROMISSADOS.
Graças ao Senhor Jesus que a igreja tem e sempre terá irmãos que aceitaram o discipulado de Jesus em suas vidas. Com estes Deus pode contar e a igreja também.
Devemos saber que o numero destes nunca será tão grande como o da multidão.
Temos que aceitar o fato de que na igreja de Jesus não existem só discípulos, pelo contrário, a realidade nos ensina que a maior parte dos chamados cristãos tem permanecido na multidão.
A igreja, como o próprio Senhor Jesus quando andou na terra como homem, continua e continuará pregando o evangelho e ministrando curas e milagres à multidão, pois é do meio dela que os discípulos são chamados. Muitos são chamados, mas poucos escolhidos Mt. 22:14.
Mas a verdadeira igreja de Jesus não se ocupa apenas em ministrar à multidão, Ela prossegue fazendo discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo( o nome do Senhor Jesus), ensinado-os a guardar todas as coisas que o Senhor mandou.
Às multidões, Jesus, como na parábola do semeador ( Mt. 13:13), continuará a falar por parábolas, mas aos discípulos ele revelará todos os mistérios do reino de Deus, pois Deus está comprometidos com eles. Quando somos da multidão, Deus precisa nos conduzir por circunstancias já que não damos ouvida a sua voz, nem entendemos a sua vontade. Ficamos muitas vezes sem entender o porquê de nos acontecer isso ou aquilo. Quando somos discípulos, conhecemos a sua voz e Ele nos guia. Estamos debaixo da sua nuvem de proteção e temos a preciosa promessa: “E eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” Mt. 28:20.
Onde estamos com Deus?

Pr. Paulo David
Igreja Só Jesus é Deus: Ministério Voz da Verdade em Rio Verde-Go

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