domingo, 5 de junho de 2022

A HISTÓRIA DE ADÃO E EVA É A HISTÓRIA DE TODOS NÓS…


 Paulo David
Romanos 3: 10. Como está escrito:
Não há um justo, nem um sequer; 11. não há ninguém que entenda,
não há ninguém que busque a Deus. 12. Todos se extraviaram,
e juntamente se fizeram inúteis.
Não há quem faça o bem, não há um sequer. 13. A sua garganta é um sepulcro aberto;
com a sua língua tratam enganosamente.
Veneno de víbora está debaixo de seus lábios. 14. A sua boca está cheia de maldição e amargura. 15. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue; 16. nos seus caminhos há destruição e miséria, 17. e não conhecem o caminho da paz. 18. Não há temor de Deus diante de seus olhos. 23. pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus,
A história de Adão e Eva não foi escrita como um relato histórico de como nossos pais caíram em pecado, passando o pecado a seus descendentes, mas foi escrita, antes de tudo, como uma visão profética da história de toda a humanidade, a história de cada um de nós, de como eu e você, a partir de um determinado momento em nossas vidas, quando chegamos à consciência do bem e do mal, todos nós, sem exceção, escolhemos o mal.
O pecado sempre foi uma escolha moral pessoal e individual, nunca uma condição herdada de pai para filho. Foi e ainda é, uma escolha livre de cada homem (Adão) e de cada mulher (Eva) que nasceu e nasce nesse mundo.
O que a Bíblia chama pecado, tem a ver com o egoísmo humano, com a idolatria de si mesmo e suas consequências.
Nesse sentido o pecado acaba passando para todos os homens, não como herança, mas como influência, pois nascemos e crescemos em um mundo contaminado pelo egoísmo humano, por isso cada um de nós é tentado, e sendo tentado, acabamos caindo nessa condição.
O egoísmo do mundo chama nosso ego a se exaltar e a se tornar egoísta.
Somos tentado por nosso próprio desejo de exaltação (a serpente).
1 João 2: 15. Não ameis o mundo nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16. Pois tudo o que há no mundo, a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17. Ora, o mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
Tiago 1: 14. Cada um, porém, é tentado por sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. 15. Depois, havendo esse desejo concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Romanos 5: 12. Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.
A serpente aponta para a natureza humana, pois o homem foi feito do pó, e é do pó que a serpente se alimenta.
Tiago em sua carta afirma que somos tentado por nossa própria cobiça.
Sem entrar na questão do Diabo, o diálogo de Eva com a serpente pode ser visto espiritualmente como o diálogo do ser humano com sua própria consciência, que por sua vez, dá lugar a cobiça.
Assim todos nós um dia, ao sermos tentado, livremente acabamos escolhendo o pecado, exaltando seu próprio ego e rebelando-se contra Deus.
Daí a culpa no coração dos homens que lhes tirou a paz.
Não somos culpados pela escolha de nossos pais e sim pelas nossas próprias escolhas.
Onde não há liberdade de escolha, não há culpa, e onde não há culpa, não pode haver condenação.
A partir de nossa livre escolha pelo pecado, tentado por nossa própria cobiça, nós nos tornamos escravos do pecado, pois o pecado nos tira a liberdade de escolha, afinal de contas um coração egoísta só pode fazer escolhas egoístas.
É por isso que sem a graça salvadora, que emana da cruz de Cristo, o cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, o homem não pode voltar a ser livre.
A graça ilumina todos os homens.
João 1: 9. A luz verdadeira que ilumina a todos os homens estava vindo ao mundo.
Só por meio da graça podem
os voltar a poder escolher livremente, escolher continuarmos escravos ou escolher “comer do fruto da árvore da vida”, que é a vida de Cristo.
Jesus Cristo foi o único homem totalmente livre do pecado, totalmente livre do egoísmo.
Ele nos revela a face do verdadeiro Deus, do Deus que negou a si mesmo, se esvaziando e se tornando um homem. Do Deus que, como homem, esvaziou-se até derramar sua vida na cruz.
Jesus viveu e morreu pelos outros. Deus vive e morre pela humanidade.
A glória de Deus é a salvação dos homens porque Deus é amor.
Por isso a cruz nos ilumina, Jesus dando a vida em nosso favor nos faz enxergar primeiramente o nosso próprio egoísmo, ele abre o caminho para sermos novamente livres.
Antes de nos salvar, a graça primeiramente nos ilumina e nos devolve a liberdade de escolha, escolha entre permanecermos em nosso egoísmo ou negarmos a nós mesmos e sermos salvos.

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